AZEITE

O Ouro Líquido – é um dos alimentos preferidos na dieta dos Portugueses, principalmente utilizado como condimento nas sopas de legumes, nas migas à moda da beira (em que se misturam feijões, couve e pão de milho), no bacalhau assado, onde é acompanhado com bastante alho, etc.

Mesmo na doçaria, o azeite também se faz presente, como em alguns bolos, principalmente alentejanos, mas também em diversas “broas de azeite”. As batatas cozidas, servidas juntamente com diversos pratos, como peixes grelhados, são geralmente regadas com azeite, um toque de vinagre, salsa e cebola picada.

Grande parte dos pratos começam por ser preparados a partir de um refogado de cebola e/ou alho, mais ou menos puxado com azeite.

Amplamente conhecida pelos diferentes povos que habitaram a Península Ibérica, como romanos e visigodos, foi dos árabes que nos ficou a palavra com que hoje em dia ainda designamos o azeite — az-zait, que significa “sumo de azeitona”.

Não há certeza quanto à origem das primeiras oliveiras, mas estima-se que a primeira utilização agrícola tenha ocorrido há cerca de 6 a 8 mil anos nos países da bacia do Mediterrâneo. Por isso, acredita-se que esta é uma das árvores cultivadas mais antigas do mundo.

Em Portugal, o cultivo da oliveira e a produção de azeite tornaram-se importantes para a economia agrária do país durante a Idade Média, tendo sido sobretudo as ordens religiosas que o dinamizaram. Considerado um “óleo sagrado”, tornou-se parte essencial da economia dos conventos e mosteiros do nosso país. O azeite era essencial não só para a alimentação e iluminação, mas também como moeda de troca com outros povos. Somos o terceiro maior produtor de azeite do mundo.

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